DOIS BILHÕES
TONELADAS
BIOMASSA
BRASIL
MERCADO
MAPEAMENTO
ANUÁRIOS
TIPOS BIOMASSA
BRASIL BIOMASSA
DOIS BILHÕES TONELADAS BIOMASSA BRASIL
A Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável com apoio da Brasil Biomassa Consultoria Engenharia e Tecnologia desenvolve o Relatório do Potencial de Biomassa/Bioenergia do Brasil que avalia a produção e a disponibilidade dos tipos de biomassa do Brasil (termos de quantidade, preço, densidade e distribuição geográfica e maturidade do mercado).
O Brasil gera anualmente cerca de 2,0 bilhão de toneladas de biomassa (agricultura, cana-de-açúcar e florestal) com grande potencial para fornecer combustíveis líquidos renováveis para setores de difícil eletrificação, para geração de energia e como fonte para a produção de biochar, biocarbono, biogás e biometano, bioenergia, SAF, hidrogênio verde e pellets atendendo energética e para descarbonização industrial. Atualmente, a bioenergia é uma importante fonte de energia do Brasil na forma de combustíveis líquidos, energia elétrica e calor. Os recursos de bioenergia estão concentrados principalmente no cinturão da cana-de-açúcar e da madeira.
ESTUDO MERCADO MAPEAMENTO BIOMASSA FLORESTAL MADEIRA
A silvicultura de florestas plantadas tem sido um dos setores da economia brasileira com maior crescimento nos últimos anos. A atividade da silvicultura se ocupa do estabelecimento, desenvolvimento e da reprodução de florestas, visando múltiplas aplicações, tais como a produção de madeira, o carvoejamento, a produção de resinas, a proteção ambiental, entre outros.
TOTAL BIOMASSA FLORESTAL E DA MADEIRA 112.616.469
O estudo desenvolvido estima que cerca de 58.423.942 de toneladas (biomassa, serragem, maravalha e cavaco de madeira) da colheita florestal e de processamento industrial da madeira que podem estar disponíveis para uso energético. Outros 54.192.527 toneladas de biomassa, especialmente de resíduos florestais, também poderiam ser produzidos e utilizados, atendendo á demanda por produtos energéticos e de origem sustentável.
Biomassa da colheita da agricultura e do processamento agroindustrial.
O Brasil se destaca na produção agrícola, sendo este um dos setores econômicos mais estratégicos para a consolidação do programa de estabilização da economia.
A grande participação e o forte efeito multiplicador do complexo agroindustrial no produto interno bruto (PIB), o alto peso dos produtos de origem agrícola (básicos, semielaborados e industrializados) na pauta de exportações e a contribuição para o controle da inflação são exemplos da importância da agricultura para o desempenho da economia brasileira.
Os resultados estão limitados a um terço do total de resíduos agrícolas disponíveis para manter o carbono orgânico do solo e prevenir a erosão eólica e hídrica.
A disponibilidade e o quantitativo de resíduos da agricultura e do beneficiamento agroindustrial de 937.077.160 tonelada/ano.
Resíduos da colheita e do processamento em usinas de cana-de-açúcar.
O Brasil se destaca na produção de cana-de-açúcar na safra 2025/26 deve chegar a 668,8 milhões de toneladas, uma redução de 1,2% em relação à temporada 2024/25. Com uma área de 8,85 milhões de hectares destinada para a colheita de cana no atual ciclo, 1% acima da área colhida em 2024/25.a cana-de-açúcar gera resíduos – em geral, o bagaço, a palha, a vinhaça, torta de filtro (resíduo da filtragem do caldo de cana) e a cinza do bagaço, produzida pela queima deste. Para a quantidade de cana processada e consequente obtenção de produtos, são obtidos cerca de 100 a 400 kg de torta de filtro, 800 a 1 mil litros de vinhaça e 260 kg de bagaço de cana.
O estudo desenvolvido estima que cerca de 267.520.000 de toneladas de resíduos da cana-de-açúcar que podem estar disponíveis e atendendo á demanda por produtos energéticos para de
DOIS BILHÕES TONELADAS BIOMASSA BRASIL PARA PRODUÇÃO BIOCHAR
A alta demanda por fornecimento de energia em uma população mundial crescente requer o uso de alternativas não fósseis como chave fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e limitar o aquecimento global. Os tipos de biomassa são abundantes e amplamente disponíveis, portanto, têm sido consideradas um matéria-prima para a produção de biochar. O biochar é um produto (junto com o extrato pirolenhoso e vinagre de madeira) resultante da pirólise da biomassa. O uso do biochar aumentou porque reduz os impactos negativos da biomassa no meio ambiente. As propriedades físico-químicas do biochar são o que regem as aplicações deste material. Essas aplicações (incluindo aplicações potenciais) variam de adsorção para poluentes da água e do ar, carvão ativado, promotor/catalisador de digestão anaeróbica, material de construção, uso na agricultura e horticultura, como condicionamento do solo, aditivo de composto, sequestro de carbono.
O biochar contribui para a economia circular por meio de seus usos na agricultura e horticultura. Além disso, esses inúmeros benefícios do biochar mostram um grande potencial para contribuir para a sustentabilidade econômica dos sistemas emergentes de produção de bioenergia celulósica.O biochar pode ser fonte de energia, misturado com fertilizantes para remediação do solo ou usado como redutor para aplicações metalúrgicas, catalisadores ou adsorventes. O biochar é conhecido por recircular o carbono orgânico de volta ao solo e auxiliar na adsorção iônica, evitando assim a lixiviação de nutrientes e minerais vitais para as águas subterrâneas. O bio-óleo pode ser usado na produção de biocombustíveis avançados (ou seja, combustíveis de aviação sustentáveis), o biogás é usado no fornecimento de energia e o biochar é aplicado principalmente em solos agrícolas. O biochar é um material carbonizado rico em C aromático que tem sido usado como um corretivo do solo em campos agrícolas para fornecer vários serviços ecossistêmicos.
DOIS BILHÕES TONELADAS BIOMASSA BRASIL PRODUÇÃO BIOCARBONO
A indústria siderúrgica está entre as indústrias com maior emissão de CO2, produzindo cerca de 7% dessas emissões globalmente. A produção tradicional de aço baseia-se na utilização de matérias-primas virgens, nomeadamente minério de ferro, e grandes quantidades de energia de origem fóssil, como carvão e petróleo. A indústria siderúrgica tem sinalizado uma mudança do uso de altos-fornos para opções mais ecológicas. A utilização de carvão fóssil e coque, mesmo em um forno elétrico a arco (FEA), constitui uma parcela significativa, variando de 40% a 70% das emissões diretas totais do processo de fabricação de aço. Em países onde as emissões de CO2 são reduzidas com sucesso através da utilização de energias renováveis, a formação de espuma na escória em fornos elétricos a arco (FEA) continua a ser uma fonte significativa de emissões de CO2 , representando 15% de todas as emissões relacionadas com a produção de aço.
O biocarbono tem sido visto como uma solução para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e substituir os combustíveis fósseis na produção de aço. Uma das áreas atualmente estudadas em relação ao uso de biocarbono é a indústria siderúrgica, com altas emissões de CO₂. O biocarbono é um material rico em carbono produzido a partir de matérias-primas de base biológica, mais comumente por pirólise. Durante a pirólise, a matéria orgânica é aquecida a altas temperaturas em um ambiente com baixo teor de oxigênio. Recentemente, tornou-se uma alternativa séria e ambientalmente sustentável para um grande número de aplicações diferentes, como condicionamento do solo, agricultura, engenharia civil, tratamento de água e ar e fabricação de aço. O biocarbono pode atuar como um sumidouro de carbono e pode ser carbono negativo com o processo de produção correto. O biocarbono pode ser produzido utilizando diferentes matérias-primas, incluindo lodos de esgoto, esterco e biomassa que, de outra forma, seriam difíceis de utilizar.
DOIS BILHÕES TONELADAS BIOMASSA BRASIL PRODUÇÃO BIOGÁS
Os combustíveis fósseis impulsionam o aquecimento global, tornando necessárias alternativas renováveis, como o biometano (ou gás natural renovável). O biometano, produzido principalmente por meio da digestão anaeróbica (DA), oferece uma solução energética mais limpa. A biomassa destaca-se como a única fonte de carbono renovável na Terra. Extensas pesquisas têm se concentrado na conversão de biomassa em biocombustíveis, incluindo biometano (gás natural renovável, ou GNR), biodiesel, diesel renovável.
O mercado de biometano tem apresentado um crescimento substancial, com potencial para suprir até 30% da demanda atual de gás da União Europeia até 2040, refletindo seu papel crucial na conquista da segurança energética e das metas de descarbonização. Globalmente, espera-se que o mercado de biometano se expanda significativamente, impulsionado por avanços nas tecnologias de produção, políticas de apoio e crescente adoção em setores como transporte e geração de energia. Seu valor deverá aumentar de US $ 1,95 bilhão para US $ 3,22 bilhões entre 2025 e 2032.
A produção de etanol de cana-de-açúcar gera cerca de 360 bilhões de litros de vinhaça, um efluente líquido com uma demanda química média de oxigênio de 46.000 mg/L. A vinhaça ainda contém cerca de 11% da energia original do caldo de cana, mas essa energia química é diluída. Esse resíduo, geralmente descartado ou aplicado na fertirrigação, é um substrato adequado para digestão anaeróbica. A vinhaça da cana-de-açúcar é um subproduto da indústria da cana-de-açúcar e pode ser usada para geração de biometano. Esse processo envolve microrganismos quebrando a matéria orgânica na vinhaça na ausência de oxigênio, produzindo metano e dióxido de carbono, bem como um resíduo rico em nutrientes que pode ser usado como fertilizante. O biometano pode ser usado como uma fonte renovável de energia para eletricidade e transporte.
DOIS BILHÕES TONELADAS BIOMASSA BRASIL HIDROGÊNIO VERDE
O hidrogênio é cada vez mais reconhecido como um elemento crucial na transição para sistemas de energia sustentáveis devido à sua alta densidade energética e mínimo impacto ambiental. O hidrogênio está na vanguarda da mudança global em direção a sistemas de energia sustentáveis, impulsionado por sua alta densidade energética e mínimo impacto ambiental quando usado como combustível limpo.
A biomassa, um material renovável derivado de plantas e animais, apresenta-se como uma matéria-prima promissora para a produção de hidrogênio, oferecendo benefícios tanto ambientais quanto econômicos. Para suprir a demanda energética, o hidrogênio surge como uma alternativa promissora. Recentemente, a produção de hidrogênio a partir de fontes renováveis tem recebido atenção significativa. A biomassa lignocelulósica é uma dessas fontes renováveis em potencial que pode ser empregada para gerar energia, combustível e produtos químicos de alto valor agregado. O hidrogênio gerado a partir de biomassa lignocelulósica é um combustível limpo, eficiente, ecologicamente correto e não emite poluentes nocivos.
Nesse contexto, a biomassa surge como um recurso fundamental — um material orgânico renovável derivado de plantas e animais — que apresenta uma promessa significativa para o avanço da produção de hidrogênio. O apelo da biomassa reside não apenas em sua natureza renovável, mas também em seu potencial para alcançar a neutralidade de carbono, mitigando assim as preocupações ambientais associadas aos combustíveis fósseis tradicionais. A exploração da produção de hidrogênio a partir de biomassa é motivada por vários fatores chave: a ampla disponibilidade de recursos de biomassa em diversas regiões geográficas, seu potencial para converter resíduos orgânicos em valiosos vetores energéticos e sua integração perfeita com as infraestruturas energéticas existentes.
