Pellets Biomassa Palha Sabugo Milho

Celso Oliveira
19 de ago.
7 min de leitura

Quer mais detalhes visite https://www.brasilbiomassa.com/agropellets

PELLETS BIOMASSA AGROINDUSTRIAL BRASIL.O panorama energético mundial atual demostra um aumento da demanda energética, fato relacionado ao crescimento da população humana e economia, urbanização e modernização. O aquecimento global e as alterações climáticas estão diretamente relacionadas com esse aumento da demanda energética e com a queima de combustíveis fósseis. Dessa forma, há uma busca pela redução do uso e dependência de combustíveis fósseis.

Entre tais fontes, a biomassa agroindustrial apresenta um grande potencial de crescimento nos próximos anos, de acordo com os estudos de planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME). As energias renováveis participam da matriz energética nacional e são consideradas energias alternativas viáveis para a diversificação da matriz energética do país pelo seu menor impacto ambiental.

Cultivos agrícolas geram expressiva quantidade de biomassa residual oriunda dos processos de colheita e processamento industrial. Entretanto, um grande problema enfrentado pela agroindústria é a intensidade do volume residual gerado.

Todos os anos, o setor agroindustrial deposita milhões de toneladas de palha e outros resíduos em aterros sanitários e incineradores. Em muitos casos, esse material é descartado -gerando passivos ambientais ou subaproveitado apenas para decomposição natural. Além de liberar toxinas e gases do efeito estufa, esse tipo de ação descarta um produto rico em substâncias de alto valor agregado, que poderia ser aproveitado em diversos processos industriais como na produção de pellets.

PROJETO BRASIL AGROPELLETS COMO FONTE DE ENERGIA. A Brasil Biomassa está estruturando um modelo de negócio sustentável e inovador com o desenvolvimento do projeto industrial de processamento de biomassa das culturas agrícolas visando capturar as oportunidades geradas pelo cenário nacional e internacional de demanda crescente no consumo de agropellets para geração de energia térmica industrial (queima de aviários e aquecimento de grãos no Brasil e queima industrial em termoelétricas no âmbito internacional).

A Brasil Biomassa é a única empresa nacional especializada no desenvolvimento de projetos sustentáveis de produção de agropellets com o uso de resíduos da biomassa das culturas da agricultura e do beneficiamento agroindustrial visando capturar as oportunidades geradas pelo cenário de demanda crescente no consumo de pellets para geração de energia no mundo. Uma opção inteligente de aproveitamento da biomassa, tornando o resíduo de baixo valor agregado (passivo ambiental) num insumo valioso para produção de agropellets de alta rentabilidade financeira.

AGROPELLETS PELLETS BIOMASSA AGROINDUSTRIAL. O agropellets é uma fonte de energia renovável, limpa e eficiente, resultando em um combustível sólido a partir de biomassa de resíduos agrícolas, permitindo num biocombustível energético para combustão em caldeira industrial (com pouca fumaça e cinza) emitindo menos monóxido e dióxido de carbono do que qualquer combustível fóssil. . Encontrar novas fontes de energia renováveis para a produção de biocombustíveis sólidos é uma prioridade do ponto de vista climático e ambiental, visando mitigar os efeitos do aquecimento global e na produção de energia limpa.

É uma densificação dos resíduos agroindustriais com homogeneidade na granulometria, maior densidade, de baixa umidade (melhoram a eficiência na sua queima) e elevado poder calorífico (são menos higroscópicos e muito mais resistentes). Esta transformação (alta densidade do agropellets) permite um aumento da eficiência de muitos processos, um fluxo favorável e melhoria de propriedades de combustão (facilitam as operações de manuseio, transporte e alimentação de caldeiras industriais para geração de energia) com uma fonte renovável de energia.

BIOMASSA DA CULTURA DO MILHO. O milho é a cultura mais cultivada do mundo. A cultura está intimamente ligada à alimentação humana e animal, com mais de 3 mil produtos derivados. Na última década, a produção global de grãos de milho aumentou cerca de 40%, e agora chega a quase 1400 milhões de toneladas. A safra de milho no Brasil poderá atingir o montante de 124,185 milhões de toneladas. Os principais estados produtores de milho são Mato Grosso, seguido do Paraná, Mato Grosso do Sul,. A cultura do milho deixa como resíduos, no campo, os caules, as folhas (palha de milho) e, na indústria, os sabugos.

A geração de resíduos derivados da cultura do milho que permanecem no campo. A maioria dos resíduos agrícolas, incluindo os de milho, é queimada ou deixada no campo após a colheita,. Estima-se que, para cada tonelada de grãos de milho colhida, geram-se entre 2,2 e 2,7 toneladas de talos e palha, bem como entre 0,9 toneladas de sabugos. Espera-se uma produção total de milho de 124 milhões de toneladas de grãos e estima-se um potencial de geração de resíduos 335 milhões toneladas de talos e palha, entre 111 milhões de toneladas de sabugos.

A cultura do milho, por exemplo, deixa como principais subprodutos no campo como os caules e as folhas, enquanto que na indústria sobram os sabugos. A palha é obtida ainda durante a colheita e na maioria dos casos não possui uma utilização definida, tornando-se um resíduo. Já o sabugo, parte interna e mais densa do milho, é o resíduo gerado após o milho ser debulhado.

O potencial de uso dos resíduos, consideremos uma área plantada de 1.000 ha, com produtividade de grãos de 4.214 kg/ha. Tomando-se os índices de colheita de palha (2,7 kg/kg de grãos) e de sabugos (0,9 kg/kg de grãos). Os PCI da palhada e do sabugo, são, 4.024 e 4.201 kcal/ kg, indicando que há grande potencial de uso desses resíduos. A palha de milho é um material "residual" ou um subproduto da produção de grãos de milho. Consiste em talo, folhas, espiga e casca, que são deixados no campo após a colheita do grão. A preparação de agropellets usando palha, sabugo e talos de milho é uma das abordagens promissoras na agroindústria.

AGROPELLETS BIOMASSA DO MILHO A utilização energética desses resíduos (casca e palha) a para a produção de agropellets é uma solução viável e que presenta grandes vantagens, como contribuição para a matriz energética, ampliação na geração de renda e de empregos, diminuição dos gases de efeito estufa, diminuição dos volumes de resíduos depositados em aterros sanitários e, consequentemente, redução de custos.. São resíduos (palha e casca) que estamos utilizando para a produção de agropellets.

O milho tem um alto potencial de rendimento e uma variedade de aplicações. O aumento da produção de milho observado nos últimos anos deve-se principalmente à crescente demanda pela produção de biocombustíveis no setor de processamento industrial. Além disso, os resíduos de milho são considerados um biorresíduo problemático devido à sua baixa densidade e aos altos custos de gestão, transporte e armazenamento. A abordagem mais popular para melhorar a eficiência energética do uso e gestão de diferentes formas de resíduos vegetais ou suas misturas é aumentar a densidade da biomassa com a peletização. A densificação é frequentemente realizada pelo processo de peletização na forma de combustível sólido (pellets). A peletização permite reduzir o volume de biomassa residual e melhora suas propriedades como biocombustível sólido. A valorização da palha e do sabugo de milho contribui para a redução do impacto ambiental do descarte desses resíduos, além de gerar novas oportunidades de renda e desenvolvimento para o setor agroindustrial.

PLANTA INDUSTRIAL AGROPEELLETS BIOMASSA DO MILHO A Brasil Biomassa está desenvolvendo no Paraná a maior unidade industrial de produção de agropellets com a biomassa da palha, talo e sabugo do milho com uma planta industrial para uma produção anual de 36.000 toneladas. A planta industrial será em Maringá para atender a demanda de mercado de consumo de pellets na região. Os agropellets de milho contêm de 7.000 a 7.500 BTUs e produzem menos cinzas e são menos corrosivos do que muitos outros pellets de biomassa. Os agropellets do milho tem um grande potencial para produzir pellets de alta qualidade.

A implementação da norma EN ISO 17225 (UNE-EN ISO 17225-1:2014, 2014), que permite a comercialização de pellets lenhosos (madeira) para uso doméstico e industrial, ampliou o grupo de resíduos de biomassa (agricultura e da cana-de-açúcar) adequados para esse fim. A indústria de agropellets começou a buscar novos produtos, como os resíduos da agricultura, que são uma das principais fontes de biomassa. O uso energético desses resíduos contribui para sua gestão eficiente e para o desenvolvimento econômico das áreas rurais.

Nos testes industriais que desenvolvemos para a produção de agropellets da biomassa do milho foram caracterizados por bons parâmetros de qualidade, com poder calorífico inferior (14,09 MJ·kg −1) e baixo consumo de energia (55,3 Wh·kg −1 ). Além disso, a análise dos dados revelou que os agropellets de excelente densidade (1,35 kg∙dm −3) e durabilidade mecânica (96,19%) e densidade aparente (610,9 kg·m −3) e baixa umidade (7,35 á 8,59%) , fatores importantes para seu transporte e armazenamento.

Agropellets como combustível para caldeiras e fornos. Como combustível alternativo, o agropellets pode ser utilizado em caldeiras e fornos industriais e pode substituir fontes de energia tradicionais, como carvão e gás natural, na geração de energia, aquecimento e produção industrial. Seu alto poder calorífico e características de combustão completa podem melhorar a eficiência térmica e reduzir as emissões de poluentes.

Essa nova destinação dos resíduos agroindustriais mostra-se algo muito importante porque hoje em dia, com o conceito de biorrefinaria e economia circular, não há mais interesse em obter apenas um produto de um dado processo e descartar os subprodutos.

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